A canela é uma fonte de discórdia – a história de uma especiaria invulgar
O mítico imperador chinês Shennong, chamado o "Agricultor Divino", terá cultivado canela no seu herbário. A figura provém da mitologia chinesa e pretende provar que o cultivo de plantas desempenhava um papel fundamental para os antigos chineses, que tinham muitas conquistas nesta área. Quanta verdade há nisto? Afinal, são mitos e é difícil dizer se a canela iniciou a sua viagem a partir da China. O certo é que a canela chinesa (ou seja, cassia) era um produto extremamente valioso no Império do Meio.
Os taoistas consideravam a canela como alimento dos deuses. A casca triturada em papa era um dos ingredientes do elixir que conferia ao corpo uma cor dourada divina e força – Yang. Carregá-la deveria afastar qualquer doença, mas na verdade provavelmente permitia suportar o cheiro desagradável que predominava nas ruas das maiores povoações.
Também se diz que é um erro associar a canela à China como o berço desta especiaria. Porque a popular canela de Ceilão é confundida com outro tipo de canela – a cassia, ou seja, a canela menos nobre e aromática já mencionada. No entanto, as duas variedades diferem ligeiramente entre si. No mundo, a canela de Ceilão ganhou maior fama e reconhecimento, e guerras foram travadas por causa dela.
Introdução às Guerras da Canela
A canela chinesa, Cassia, foi a primeira a chegar à Europa. O caminho para o antigo continente para a canela foi aberto pelo Egito, onde a especiaria vinha da Etiópia ou da Arábia.
A partir do século III a.C., a canela viajava ao longo da Rota da Seda desde a antiga capital da China, Xi'an, até Constantinopla. A reputação da canela era tão grande que os imperadores romanos a guardavam, juntamente com outras preciosidades e joias, nos seus cofres. Durante séculos, a canela foi uma especiaria disponível apenas para as pessoas proeminentes do mundo.
Um facto importante na história da especiaria é que o comércio da canela entre os séculos XII e XIV esteve nas mãos dos venezianos, que tinham uma rede de vassalos que ditavam preços extremamente altos para a canela. No entanto, a procura por canela não diminuiu, e as rotas comerciais e fábricas controladas pelos venezianos garantiram-lhes um monopólio. Contudo, nada dura para sempre. Naquela época, os portugueses – Vasco da Gama – entraram em cena histórica. Ele descobriu a rota marítima para a Índia e... Ceilão no Oceano Índico. Os portugueses logo viram uma oportunidade de negócio e seguiram em massa o viajante até à ilha. Aos venezianos residentes não foi dada hipótese e os nativos foram escravizados. Em apenas um ano, mais de 11 toneladas de canela foram entregues em Lisboa.
Os holandeses, que em 1640 quebraram a supremacia dos portugueses, não facilitaram a vida aos locais. Monopolizaram o mercado ao fundar a primeira corporação internacional do mundo – a Companhia Holandesa das Índias Orientais. Após pouco mais de 150 anos, os holandeses foram expulsos do mercado pelos ingleses. A partir de 1796, produziram canela de qualidade um pouco inferior, mas em muito maior escala.
Canela hoje
Hoje, a canela é um ingrediente fixo em quase todas as cozinhas. Mas por que é que esta especiaria é tão popular? No passado, era valorizada pelo seu aroma agradável e sabor único. Também era considerada um afrodisíaco. Mas agora conhecemos completamente as suas propriedades. A canela apoia o funcionamento suave do trato digestivo e também reduz os níveis de colesterol e açúcar no sangue. Os óleos de canela aliviam dores reumáticas e ajudam a combater constipações. Na cozinha, é usada como tempero para carne ou peixe, sendo muitas vezes um ingrediente que realça o sabor de todas as sobremesas e doces.
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