CONTEÚDO
Ashwagandha é uma das plantas amplamente utilizadas na Ayurveda. Mais precisamente, trata-se de um sistema tradicional de medicina indiana, baseado em grande parte em produtos naturais. Ambos os nomes podem soar um pouco exóticos e de facto o são. No entanto, isso não nos impede de aproveitar as suas propriedades verdadeiramente excecionais. É usado principalmente na medicina alternativa e não deve ser confundido com uma droga. Pois, graças ao seu alto teor de princípios ativos, pode ser um remédio para muitas queixas.
Ashwagandha – um punhado de informações
Ashwaganda é também chamado de ginseng indiano ou Somnol. Pertence à família das solanáceas. O seu habitat original era África, mas atualmente também ocorre na Ásia, Índia e sul da Europa. Como componente importante da Ayurwenda, ganhou grande popularidade na Índia. Embora seja conhecido lá há milénios e amplamente utilizado para tratar várias doenças, a sua eficácia tem sido questionada durante muito tempo. No entanto, agora ganhou uma segunda vida, pois é especialmente adaptado às necessidades da sociedade atual. A agitação constante, o stress e o estilo de vida sedentário criaram um lugar especial para o Ashwagandha. Ashwagandha é um tipo de arbusto perene, e os seus frutos e raízes, que mais frequentemente aparecem em forma de pó, são usados comercialmente.
Ashwagandha para a mente e vitalidade
Como já foi mencionado, Withania somnifera encaixa-se perfeitamente nos problemas do mundo atual. No que diz respeito à Ayurwenda, esta planta é um remédio perfeito para melhorar a função cerebral e aumentar a vitalidade. Neste caso, o seu efeito assemelha-se ao do ginseng clássico, e esta é uma das razões para o seu outro nome – Ginseng Indiano. Melhora a memória e a função cerebral. Além disso, tem um efeito positivo na condição física, mas também na mental. É também ideal no combate à fadiga crónica, ao stress e à fraqueza do corpo após uma doença. Estes efeitos, bem como o efeito estimulante, devem-se às substâncias contidas na sua raiz. Estamos a falar dos glicovitanolídeos. O mesmo se aplica quando se trata de fortalecer a imunidade. Ashwaganda foi sujeito a numerosos estudos para apoiar a imunidade natural do corpo. Os resultados foram surpreendentes. Verificou-se que as substâncias nele contidas têm um efeito positivo na atividade do principal grupo de células do sistema imunitário. Células chamadas natural killer, ou seja, assassinas naturais, são responsáveis pela destruição de vários microrganismos, mas também de vírus. Isso significa que Withania somnifera é especialmente adequada no outono e inverno como um tipo de reforço imunológico. Também é de notar que o ginseng indiano atua como remédio contra a infertilidade masculina. Embora não seja um medicamento em si, funciona perfeitamente como apoio terapêutico. Estudos realizados na Índia mostram que aumenta o número e a motilidade dos espermatozoides no sémen.
Ashwagandha para o sistema digestivo
Ashwaganda tem uma propriedade muito interessante. É capaz de proteger o nosso fígado contra danos causados por produtos químicos tóxicos. Além disso, é especialmente recomendado para pessoas que estão em contacto diário com metais pesados. O seu efeito nesta área assemelha-se ao do silimarina, que também oferece uma proteção adequada ao fígado. Também é importante mencionar que o stress crónico pode contribuir para o desenvolvimento de úlceras gástricas. Graças às suas propriedades nesta área, Ashwagandha é capaz de nos proteger contra isso. Por outro lado, as propriedades anti-inflamatórias desta planta atuam em doenças inflamatórias intestinais.
Ginseng – influência nas doenças do sistema nervoso
Quando se trata do efeito do Ashwagandha no sistema nervoso, há muito a dizer. Para começar, destaca-se o uso no tratamento da depressão. As substâncias contidas na raiz desta planta têm um efeito semelhante ao do imipramina. É um medicamento popular usado no tratamento da depressão. Isso significa que Withania pode ser um complemento muito eficaz para tal terapia. Informações positivas para pacientes com esquizofrenia vêm da Índia. Os cientistas locais confirmam a eficácia do Ashwagandha no combate à síndrome metabólica, que frequentemente acompanha esta doença. Esta não resulta da doença em si, mas do uso de antipsicóticos. Além disso, é adequado para apoiar o tratamento de transtornos afetivos bipolares, bem como de neuroses ou ansiedade. Facilita também o adormecer, o que é muito importante para pacientes com insónia. Acrescentemos que os resultados das pesquisas sobre o efeito do Ashwagandha no tratamento da doença de Alzheimer têm causado grande impacto recentemente. Nesta doença, formam-se no cérebro certas fibras proteicas que a desencadeiam. Em estudos com ratos, demonstrou-se que nos animais que receberam o extrato de Withania, a quantidade e a velocidade da formação dessas proteínas foram significativamente reduzidas. Talvez no futuro os preparados desta planta sirvam para retardar a progressão de muitas doenças neurodegenerativas.
Ashwagandha – ajuda contra o cancro?
Ashwagandha ou as substâncias contidas nas suas folhas podem ser úteis no tratamento de muitos tipos de cancro. Os withanolídeos presentes nas folhas podem contribuir para a inibição do crescimento tumoral. Especificamente, trata-se de cancro da mama, pâncreas, cólon, mas também do pulmão. Curiosamente, tudo isto sem efeitos negativos nas células saudáveis. Também é importante mencionar uma propriedade muito desejável, especialmente importante para pacientes que se submetem a quimioterapia. Durante este processo invasivo, a quantidade de glóbulos brancos no sangue diminui significativamente. Ashwagandha, por outro lado, pode ajudar a protegê-los da neutropenia. Além disso, pode aliviar eficazmente a fadiga crónica causada pela quimioterapia, bem como melhorar a qualidade de vida em si.
Outras aplicações do Ashwagandha
Pesquisas extensas sobre Ashwagandha mostraram o seu potencial benefício no tratamento de doenças articulares. Isso deve-se às suas propriedades anti-inflamatórias e neuroprotetoras. Portanto, pode proteger a cartilagem contra danos, o que é especialmente importante nesta doença. Além disso, destaca-se também pelo seu efeito hipoglicemiante. Reduz também a quantidade de hemoglobina glicada devido à sensibilização do tecido à insulina. Isso alivia definitivamente o pâncreas e estabiliza o açúcar.
Ashwagandha – dosagem e contraindicações para uso
Ashwaganda pode ser usado de muitas formas diferentes. Ao tomar na forma de gotas, cápsulas ou outras soluções, vale a pena seguir as indicações do fabricante na embalagem. No caso do uso da raiz inteira ou em pó, a dose não deve exceder 3 g por dia. Isso corresponde a cerca de 10 mg de withanolídeos. No caso dos extratos das folhas de Ashwagandha, a situação é um pouco diferente. A dose diária varia entre 200 mg e 800 mg do extrato. Também vale a pena prestar atenção à percentagem de withanolídeos, pois as variações podem ser significativas. Quanto às contraindicações para o uso desta planta, existem várias. Mulheres grávidas e a amamentar devem evitar preparações com vitamina do sono. O mesmo devem fazer pessoas que tomam sedativos, hipnóticos, antiepilépticos e todos os tipos de anestésicos. No consumo de álcool durante a suplementação com Ashwagandha, até agora não foram detectadas interações específicas. No entanto, existe um risco potencial de diminuir ou aumentar a sensibilidade ao álcool devido a esta planta. Por razões de segurança, é melhor evitar tal combinação. Também é importante não exceder a dose recomendada, pois podem ocorrer efeitos secundários. Foram documentados até casos de hipertireoidismo e ardor e comichão dolorosos na pele. Portanto, vale a pena usar com prudência.
Resumo
Ashwaganda é realmente um produto abrangente. Não é por acaso que os hinos indianos da Ayurwenda se interessaram por ele. Lembremo-nos de que não há rosa sem espinhos e este popular provérbio também se aplica aqui. Withania somnifera pode trazer muitos benefícios, mas também riscos potenciais. No entanto, estes só podem ocorrer se as recomendações básicas não forem seguidas.
